A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia de Nova Petrópolis, coordenada pelo Delegado Fábio Idalgo Peres prendeu em flagrante um homem de 38 anos nesta quinta-feira (30), após o cumprimento de um mandado de busca e apreensão.

A ação foi desencadeada no âmbito de uma investigação que apura crimes contra a dignidade sexual de uma adolescente de 15 anos, com foco na produção de material pornográfico envolvendo menor de idade. 

A apuração inicial indica que o investigado se prevalecia de uma relação na qual detinha posição de autoridade e confiança para com a vítima, onde registrava os atos sexuais.

Durante o cumprimento da ordem judicial, a equipe localizou e apreendeu diversos dispositivos eletrônicos e mídias de armazenamento. A verificação preliminar no local resultou na constatação do crime de posse de material pornográfico infantil, evidenciando um quadro fático mais grave e complexo do que o inicialmente investigado.

O laudo técnico preliminar confirmou a localização de um vasto acervo com conteúdo de abuso sexual infantojuvenil, incluindo milhares de imagens e vídeos de cunho sexual. 

Este material estava sistematicamente organizado em pastas no computador do investigado, algumas inclusive etiquetadas com nomes próprios femininos. 

Foram ainda observadas imagens suspeitas, como close-ups em partes íntimas de meninas e adolescentes, que caminhavam naturalmente pelas ruas e em ambiente fechados.  Além dos dispositivos, também foram apreendidos objetos e instrumentos sexuais e foi confirmada a presença de programas tipicamente utilizados para compartilhamento e obtenção desse tipo de conteúdo e para cooptar adolescentes e crianças.

O fato está ligado a situação anterior onde uma outra pessoa do estado de São Paulo foi presa com o mesmo material. 

Diante da flagrância do crime permanente de posse de material pornográfico infantil (art. 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente) e de produzir cenas de sexo explícito o investigado foi conduzido à Delegacia, onde foi lavrado o Auto de Prisão em Flagrante, e posteriormente encaminhado ao sistema prisional.

A Polícia Civil reforça que a ação é parte de uma investigação contínua, voltada à identificação e responsabilização de autores de crimes sexuais virtuais e à proteção de vítimas em situação de vulnerabilidade, especialmente adolescentes cooptados por meio de aplicativos e jogos.

A investigação segue sob sigilo judicial.